12 de fevereiro de 2011

#EuLi: Adeus China, o último bailarino de Mao, de Li Cunxin

Adeus, China: o último bailarino de Mao, de Li Cunxin, é um livro que #EuLi recentemente e segue mais ou menos o mesmo tipo de leitura do Cisne Selvagem, que eu comentei aqui tempos atrás.
Também escrito por quem vivenciou a história, conta a trajetória do próprio autor desde sua infância como camponês miserável até seu reconhecimento como um dos melhores bailarinos de sua época.
Li Cunxin nasceu durante a Revolução Cultural de Mao Tsé Tung e entre milhares de crianças foi escolhido pra fazer parte da academia de balé da Sra. Mao, em que representantes do exército, do campo e da cidade deveriam se integrar para formar uma academia ‘democrática’ reafirmando a importância de cada camada no processo político e cultural do país naquele momento. 
Cunxin conta detalhes de suas aulas, o relacionamento e implicância dos professores, além das muitas obrigações, imposições e também dos limites que deveriam ser ultrapassados em busca da perfeição. Analisando sua história, aponta erros do comunismo e descreve as deficiências do regime.
O bailarino fez uma temporada de apresentações nos EUA para mostrar a ‘imponência do balé chinês’ ainda quando fazia parte da academia de dança da Sra. Mao, mas com a vivência, começou a questionar sobre suas crenças, tudo que haviam ensinado a partir do Livro Vermelho e também toda a sua fidelidade ao comunismo.
Cunxin se encantou tanto com o mundo ocidental, que depois de um intercâmbio de um ano, casou-se com uma bailarina americana e se exilou, causando um transtorno diplomático entre China e EUA, na época.  
O texto é comovente e a partir dos muitos detalhes, é possível quase que entrar na vida desse homem. Pra se ter uma idéia, a história é tão boa que acabou virando filme. Não sei ainda quando vai começar a passar nos cinemas, mas já achei o trailer. De olho:



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