#EuLi uma matéria da Andréa Vialli, no Estadão, contando que as empresas estão se antecipando à Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) – já que falta ainda regulamentação - e estão preparando suas logísticas e pensando em projetos para recolher lixo eletrônico (não o do e-mail) e eletrodomésticos ao final da vida útil.
Também li no Guia Exame de #Sustentabilidade uma matéria da Denise Dweck sobre a reciclagem de computadores, o que chamou de ‘e-entulho’ (não sei se esse termo é usual, mas logo passa a ser. A Vialli usou o termo e-lixo, incluindo eletrodomésticos).
Pois bem, a Política Nacional de Resíduos Sólidos foi sancionada no mês de agosto, depois de quase 20 anos de discussão e ela define o descarte de diversos tipos de lixo. Dweck afirmou na matéria que a lei tem dois aspectos importantes: 1. A obrigação de criar sistemas de logística reversa, o que significa que equipamentos podem voltar às indústrias para serem aproveitados. 2. A definição de que a responsabilidade pelo descarte correto é compartilhada entre fabricantes, distribuidores, importadores e consumidores.
A ONU apontou o Brasil como o país emergente que mais gera lixo eletrônico per capita a partir de computadores e com certeza, vai ser logo, logo, líder na produção do e-entulho, já que não existe infraestrutura para a reciclagem desses materiais. Pouqíssimas são as empresas que recolhem esses materiais e o reciclam. Para se ter uma idéia, no mundo são 40 milhões de toneladas desses resíduos produzidos por ano e APENAS 10% deles são reciclados. No Brasil, nem existe AINDA esse levantamento..
O descarte inadequado desse tipo de material, além de contaminar solo e água por conta da oxidação de alguns materiais, ainda gera fumaça tóxica quando incinerados. Produzidos a partir de plásticos, materiais cerâmicos e outros, nos computadores são encontrados também metais preciosos como ouro, prata e cobre. Um estudo da Umicore (uma reprocessadora belga) aponta que a recuperação de materiais no lugar da mineração representa um ganho de energia de 70% e uma redução na emissão de gás carbônico também de 70%.
Mais uma vez, o nosso país prova ser rico e com potencial, mas como não tem tecnologia e vontade suficientes, esses metais são separados na Europa. Rsrs.. fico pensando: será que eles voltam pra cá depois de transformados em barras? Eu #Truco!
Só pra não ficar na mão, vou dar uma super dica pra quem tem um encosto desses em casa e não sabe o que fazer: a empresa Descarte Certo busca o material onde ele estiver. Cobra uma taxa que varia entre R$ 6,90 e R$ 130 (www.descartecerto.com.br). Também a Secretaria do Estado de Meio Ambiente de São Paulo disponibilizou um link em que você pode visualizar os postos de coleta de lixo eletrônico mais perto da sua casa a partir de um CEP (www.e-lixo.org) e também se cadastrar, caso seja uma empresa recicladora. Eu acho que esse serviço só está funcionando na capital, por enquanto. Por fim, a USP-São Paulo possui um centro de descarte de resíduos da informática e para entregar seu computador, é preciso agendar um horário pelo e-mail consulta@usp.br
Pra quem quiser ler a matéria da Vialli, pode acessar o link: http://migre.me/2vUXG
Para ler a matéria da Dweck: eu ainda não achei o link, mas o título é: Para onde vai seu computador velho?
0 comentários:
Postar um comentário