4 de outubro de 2013

Ele come e quem engorda sou eu!



Teve um período – recente! – que meu filho não queria comer nada. Estava super seletivo na hora das principais refeições e estava dominando a casa na questão de cardápio e horário. Até que na consulta rotineira com o pediatra, tomei um puxão de orelhas: “ele não come porque você substitui a refeição dele!”


Realmente, ele não queria comer arroz e feijão, eu dava uma banana ou outra fruta pra ele não passar fome. O pediatra então indicou que o menino deveria, obrigatoriamente, ficar 30 minutos de frente ao prato de comida dele, logicamente sem nenhuma outra distração e que se não comesse, era para oferecer a fruta depois de 1h30 para ele entender que não era uma substituição. A comida que sobrou no prato, era pra jogar no lixo na frente dele, fazendo um certo drama. 


Ok! No primeiro dia, montei o prato de comida com os ingredientes todos separados pra ver se se interessava por algo. Só chorou! Esperneou, jogou comida no chão, colher. Fiquei até preocupada que a vizinhança pudesse chamar o Conselho Tutelar. Passados os 30 minutos – cronometrados! – desci a criança do cadeirão e levei até a boca do lixo, junto com o prato pra jogar a comida fora. Abri a tampa e fingi que estava chorando. Fiz drama, falando que tinha criança na rua que não tinha a mesma oportunidade do que ele.. enfim! Segui a regra do médico. 


O pentelho olhou pra mim com o ar de “venci!” e disse: “tchau comida!”. Virou as costas e foi brincar, o que queria ter feito desde o começo. No outro dia foi a mesma coisa. E no outro, no outro, no outro, durante exatos 7 dias. 


Já estava sem paciência de ouvir aquela choração na cabeça bem na hora do meu almocinho sagrado, que espero ansiosamente com uma anaconda faminta dentro da minha barriga. No oitavo dia fiz tudo de novo, dentro da rotina e para minha surpresa ele sentou e comeu! Os anjos desceram naquele momento sobre a mesa e tocaram as trombetas: “Aleluuuia, aleluuia!” Almoçamos em paz, como em propaganda de margarina. 


Missão cumprida! Dei parabéns, disse que estava orgulhosa, que ele já era um menino grandão. O restinho da comida que sobrou no prato dele, joguei no lixo, sem levar ele comigo ou fazer qualquer tipo de drama, mas ele percebeu. Saiu correndo em direção ao latão igual um cão enfurecido, abriu a tampa e começou a chorar, querendo pegar a comida de volta! Kkkk! Santo pediatra! 


Hoje ele come bonitinho. Senta na mesa com a gente, come sozinho e na hora que acaba ela fala: “descer!”. 


Por que contei essa história toda? Porque depois que meu filho começou a comer, quem começou a engordar fui eu! Kkkkkk... 


Saladinha completa pro jantar!

Estava intrigada com aquilo e comecei a anotar meu diário alimentar. TUDO que eu comia durante o dia e os horários. Descobri onde estava o erro: no jantar! Como antes ele não aceitava nada, se baseava em frutas e mamadeira antes de pegar no sono, eu embarcava na onda junto com uma saladinha. Agora que ele quer comer, preciso preparar comida! Canja de galinha, macarrãozinho com legumes, blablabla... 


Olhando aquele pratinho bonito, apetitoso, comecei a raspar a sobrinha ou até mesmo fazer um pouco a mais pra mim. Bingo! É assim que se engorda! Lembrei na hora da Katiussia Siqueira, nutricionista que me acompanhou durante a gravidez e o meu filho nos primeiros 6 meses de introdução alimentar: “você não é aspirador de pó do seu filho! Sobrou, não come!”


Tá certo! Como quero ser uma It Mom, voltei pra MINHA rotina antiga de comer salada com carboidrato simples no jantar e passei a integrar um período da noite para fazer a comida do filhote. Mesmo com muita vontade de atacar aquela comida eu resisto. E sem dramas!

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